tag:blogger.com,1999:blog-43172226762214862892024-02-19T07:19:12.407-03:00LÍNGUA DE TRAPO-WITOKIWilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.comBlogger67125tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-62093438916839333632017-10-13T12:15:00.000-03:002018-11-20T15:34:18.975-02:00A vida é uma maratona.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX8vsmY6dmkZApRqpLNgrGluy2ZDfUG4ihCYYc8WXlpsNbuwa3W500J09-Jc9Ly-1ye39l9KIt4spxs9e_OK2Qp0jMu9YN6BQe9oe6uVtmZ3KR8CiKk3PJKMjUdfv98bevtRlPgfAb6Wc/s1600/como-surgiu-a-maratona-e-como-ela-e-usada-nas-olimpiadas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1600" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX8vsmY6dmkZApRqpLNgrGluy2ZDfUG4ihCYYc8WXlpsNbuwa3W500J09-Jc9Ly-1ye39l9KIt4spxs9e_OK2Qp0jMu9YN6BQe9oe6uVtmZ3KR8CiKk3PJKMjUdfv98bevtRlPgfAb6Wc/s320/como-surgiu-a-maratona-e-como-ela-e-usada-nas-olimpiadas.jpg" width="320" /></a></div>
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Todos os dias, durante a semana, eu acordo bem cedo, por volta de 5 ou 5 e meia, tomo um café leve, visto um short e camiseta e vou praticar um pouco de esporte.<br />
Começo com um caminhada em ritmo de marcha, algo em torno de 5 km, passo para os aparelhos, volto a fazer alongamento e começo as aulas de tai chi chuan. Termino por volta das 10 h.<br />
Por mais que a gente tente se concentrar no que está fazendo, acaba sempre prestando um pouco de atenção no que acontece ao redor. E acabei notando uma coisa interessante: via de regra, as pessoas que estão mais fora de forma são as que vão com mais fome ao pote. É o gordinho que quer correr, dá um pique, para bufando, anda um pouco, recomeça e, depois de um dia ou dois, desaparece. Os idosos que sempre levaram uma vida sedentária e se atiram feito louco nos aparelhos, quase sempre de maneira inadequada, fazem alguns movimentos bem rápido, se cansam e ficam conversando uns com os outros.<br />
Excetuando-se alguns atletas na verdadeira acepção da palavra, as pessoas que estão em forma e são contumazes nos locais, fazem caminhada, exercitam-se moderadamente preocupando-se em executá-los corretamente.<br />
Sabem que é melhor menos, corretamente, do que mais da maneira errada. E, como não tem a pretensão de serem ginastas profissionais o fazem obedecendo aos seus limites.<br />
Assim é a vida: uma corrida de longa distância que exige constância e perseverança. Quem vai com muita sede a pote costuma quebrar a cara, ou abreviar a duração da corrida.<br />
Desconsiderando-se a qualidade artística ou gosto pessoal, o que é melhor: ser Jimi Hendrix ou Rolling Stones ?<br />
Bem, Neil Young, em sua homenagem a Johnny Rotten do Sex Pistols, disse que "It's better to burn out than a fade away...".<br />
Mas, cá entre nós, em se tratando da vida é melhor não meter o pé na jaca e viver mais e com melhor qualidade de vida.<br />
E não estou falando em ser todo certinho, senão não daria como exemplo os Stones. Os caras definitivamente não são anjinhos, mas se cuidam e ainda mandam bala com mais de 80 anos cada. Mick Jagger tem aquele corpinho e dança durante todo os show a troco de que? Você acha, realmente, que ele não se cuida?<br />
Claro que, como todo mundo, de vez em quando (minha mulher diria que de vez em sempre), eu meto o pé na jaca. Ás vezes a preguiça me ataca e tenho uns momentos de sedentarismo, mas eu procuro reagir e voltar a me movimentar.<br />
E, graças a Deus, não tenho que me privar de nada. Adoro carne gordurosa, comida pesada e cheia de tempero. Mas, por outro lado, não dispenso uma boa salada, frutas e sucos.<br />
Não bebo porque não gosto, nem fumo, mas de vez em quando curto um baseado. Não é recomendável, mas que porra a gente tem direito a um pouco de prazer na vida.<br />
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Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-43744405448729643262017-05-03T17:06:00.000-03:002018-11-20T15:45:47.470-02:00O GOLPE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK5nYPhiucXbtrv_scbfChxeS6ggaLwM-vtcZhwgXie-aj1LkZkVDAb1MO5iUXYV1-o2nky8iLxVQycKIuD3M8EWGphg3HetpRkRO_dcNZuVPpvrS45vpFN3ob0vLfOhd8w5L9LFzooXk/s1600/bmws100xr.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK5nYPhiucXbtrv_scbfChxeS6ggaLwM-vtcZhwgXie-aj1LkZkVDAb1MO5iUXYV1-o2nky8iLxVQycKIuD3M8EWGphg3HetpRkRO_dcNZuVPpvrS45vpFN3ob0vLfOhd8w5L9LFzooXk/s320/bmws100xr.jpg" width="320" /></a></div>
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A motocicleta devorava o asfalto com um apetite insaciável. Que máquina! Também, a BMW S1000XR tinha custado mais de 20.000 dólares, um valor impensável há apenas 6 meses atrás. Ah! Mas que maravilha! Seus 160 cavalos para pouco mais de 200 kg eram puro tesão. Era um prazer quase sexual apontá-la para a frente sem se preocupar para onde a estrada ia. Só outro motoqueiro poderia entender o significado de uma viagem de moto, pois como dizia um antigo anúncio da Honda: "você nunca vai ouvir um motoqueiro perguntar - Falta muito para chegar?".<br />
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Tudo o que necessitava estava no bagageiro da moto: passaporte, cartões de crédito, cheques de viagem, algumas mudas de roupa, Ipad Pro, câmera fotográfica, kindle entupido de livros, lanterna, reparo de pneus, canivete suiço, cadeado e uma nécessaire com artigos de higiene pessoal. E, claro, meu player de música Sony High Resolution com dois cartões de memória de 128GB recheados com as músicas sem as quais eu não podia viver.<br />
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Minhas primeiras recordações, quando tinha algo em torno de 7 anos, era de uma vida de muitas dificuldades. Meu pai trabalhava em um distribuidora de artigos escolares e minha mãe ajudava lavando roupa para os vizinhos. Nunca passamos fome, mas sempre passamos vontade. Os outros garotos sempre tinham uma mesada para comprar um lanche ou um doce quando tinham vontade e eu os invejava.<br />
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Quando completei 15 anos comecei a trabalhar. |Ninguém me sugeriu, mas como meus pais não podiam me dar as coisas que desejava, eu tive que ir à luta. Antes disso tinha feito alguns bicos nos finais de semana e nas férias, só que ainda era muito pouco para mim. Então, quando comecei a trabalhar com carteira registrada, as coisas melhoraram sensivelmente. Comecei ajudando o contador a classificar e fazer lançamentos contábeis. Depois de um ano, embora ainda muito jovem, o contador foi paulatinamente me incumbindo de maiores responsabilidades.<br />
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Aos 18 anos comecei o curso de administração de empresas em uma universidade federal. Como sempre fui um aluno dedicado, pois acreditava que estudar seria meu passaporte para uma vida melhor, conclui o curso com ótimas notas. Quando apresentei meu diploma para o RH da empresa fui imediatamente promovido para o departamento financeiro. Com a experiência adquirida na contabilidade foi relativamente fácil me adaptar à nova função.<br />
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Foi nessa época que começou o meu enrosco com a secretária do diretor financeiro. Judith tinha 30 anos e era uma belezura! Embora fosse bem mais velha que eu, não fazíamos um par tão estranho pois ela era mignon e tinha cara de menina.Além disso, Ju como eu a chamava, era fogosa e adorava sexo. Nada era estranho ou proibido. Para um cara que havia acabado de descobrir que a vida não se resumia a "papai e mamãe" era descoberta atrás de descoberta. E eu me lambuzando...<br />
<br />
Um dia, quando estávamos comendo um lanche no MacDonald's pois era final de mês e a grana andava curta, ela comentou sem mais nem menos que na sala do diretor havia um cofre com milhares de dólares do caixa 2 da empresa. Como era uma multinacional alemã havia sempre a necessidade de dinheiro disponível para os executivos viajarem para a matriz ou outras filiais.<br />
- Puxa aquele montão de dinheiro dando sopa na firma e a gente comendo Big Mac. Reclamou Judith.<br />
- Pois é, mas infelizmente o dinheiro não é nosso. Eu disse.<br />
- É, mas um dia me dá na louca e eu passo a mão em toda aquela grana! Exclamou Judith, gargalhando em seguida.<br />
Comemos o lanche e mudamos de assunto.<br />
<br />
Mas o assunto era por demais atraente para ser deixado de lado e uma noite, quando reclamei de uma conta enorme que acabara de pagar para o mecânico consertar o câmbio de meu carro popular, o assunto voltou à baila.<br />
- Tá vendo? Se tivéssemos passado a mão nos dólares não estaríamos contando moedas!<br />
- Sabe que você tem razão. Mas como a gente poderia fazer a coisa?<br />
- Já pensei em tudo: em primeiro lugar a gente tem que conseguir uma cópia da chave do cofre. Isso eu posso conseguir fácil. A gente faz que nem os caras nos filmes e tira um molde em cera de cada lado. Depois manda fazer uma cópia.<br />
- É, mas tem que ser uma boa quantia, porque se sujar a toa não vale a pena. Além disso pode dar até cadeia.<br />
- Que cadeia que nada! Como é caixa 2 eles não podem nem prestar queixa. Além disso a firma tem uma reputação a zelar e não vai querer seu nome no noticiário policial. Quanto ao valor a gente começa a prestar atenção e da o golpe quando o cofre estiver cheio.<br />
<br />
A cópia da chave foi conseguida rapidamente, sendo inclusive testada no cofre para evitar qualquer contratempo. No dia do teste havia uns 1000 dólares no cofre. Rapaz, eu fiquei tentado a pegar uns trocos para mim, mas Judith foi categórica:<br />
- Não pegue nenhum centavo para que não desconfiem. Vamos ter paciência que o nosso dia vai chegar.<br />
<br />
Em meados de maio ficamos sabendo que a empresa iria mandar 10 funcionários para uma feira de negócios em Tóquio no mês de setembro.<br />
- Acho que o nosso dia está chegando meu menino...pode se preparar porque logo vão começar a chamar os doleiros para abastecer o cofre.<br />
Não deu outra. Pelo menos uma vez por semana vinha um doleiro trazendo um pacote para o diretor financeiro. A cada vez Judith abria um grande sorriso e piscava para mim. E eu com uma grande sacola escondida na gaveta da minha mesa.<br />
<br />
Em agosto os astros se conjuminaram para facilitar tudo. O diretor financeiro viajando, o cofre abarrotado, todo mundo voltando cedo para casa para assistir o jogo do Brasil na Copa do Mundo. Quando ficamos a sós entramos na sala do diretor, abrimos o cofre e enchemos a sacola até a boca.<br />
- Puta que pariu! Nunca vi tanto dinheiro!<br />
- Se controla garoto que não queremos que nada dê errado. Leve o dinheiro e esconda em um lugar seguro como combinado. Amanhã você vem para cá como se nada tivesse acontecido. E nada de fazer corpo mole: por mais que insistam você nega tudo e não sabe de nada. Quando a coisa esfriar a gente pede demissão e vai gozar a vida.<br />
- Tá certo Ju. Já está tudo arrumado como combinado. Amanhã de manhã eu estarei aqui na primeira hora e na maior cara de pau.<br />
<br />
Foi só depois de 3 dias, quando o diretor voltou que a coisa veio à tona. Como esperado ninguém sabia de nada. Tudo ocorrera na maior normalidade desde a viagem do diretor e ninguém pode dar qualquer tipo de informação. O diretor espumava de ódio mas não havia o que ser feito, exceto amargar o prejuízo.<br />
<br />
No início de setembro, ao voltar para casa sozinha depois de tentar falar comigo por 3 dias sem sucesso, Judith encontrou um pacote contendo 10.000 dólares e um bilhete no qual eu pedia mil desculpas mas o dinheiro seria suficiente para apenas uma pessoa viver bem.</div>
Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-14817825415457977252017-04-19T15:09:00.000-03:002017-08-10T13:30:21.809-03:00O PACTO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigJw6rhaXCCXHPtjHVWPRv70uOitNxFttxaFaSlBLXR7Qz4NWs9JhI6eoeLB3w4XfQA1PDFS43MQBtKXPVPH2DN93UUuYGJuTLgoyoUNuUBNj_ufmPqWxmpQkwTZskC2kGwViGdb73stk/s1600/MISTERIO.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigJw6rhaXCCXHPtjHVWPRv70uOitNxFttxaFaSlBLXR7Qz4NWs9JhI6eoeLB3w4XfQA1PDFS43MQBtKXPVPH2DN93UUuYGJuTLgoyoUNuUBNj_ufmPqWxmpQkwTZskC2kGwViGdb73stk/s320/MISTERIO.jpeg" width="320" /></a></div>
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Ele olhou o vidro estilhaçado da janela filtrando os raios de sol que lançavam um foco de luz sobre o chão que também já vira dias melhores. A escrivaninha atulhada de papéis e coberta de poeira lhe cobrava os trabalhos que deixaram de ser feitos há muito tempo.</div>
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Não se lembrava exatamente quando as coisas começaram a desandar. O fato é que , quando começava a se animar, achando que tinha chegado ao fundo do poço, algum acontecimento vinha tornar a sua vida ainda pior.</div>
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E pensar que, menos de três anos atrás, sua vida corria muito melhor do que poderia jamais sonhar. Tinha sido editor de uma das mais prestigiadas revista de arte do país. Era sempre requisitado para festas e recepções, onde as pessoas disputavam a sua atenção e ficavam atentas às suas idéias e críticas.</div>
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Sub-repticiamente, como um câncer corroendo um organismo sadio, as coisas começaram a descer ladeira abaixo. Não foi um fato ou acontecimento específico que desencadeou o processo, mas as coisas começaram imperceptivelmente a dar errado, carregando-o para o buraco no qual agora se encontrava.</div>
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Sentado no sofá fitava a poeira que turbilhonava na contraluz quando sentiu a presença dele. Voltou-se lentamente sem se assustar, como se fora uma presença há muito aguardada.</div>
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- É...parece que as coisas não vão indo lá às mil maravilhas, não é mesmo?</div>
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- Bem, eu diria que, há quem viva melhor.</div>
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- Eu posso dar um jeito em tudo, deixando as coisas exatamente como você desejar.</div>
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- Eu sei...mas esse é um preço que não estou disposto a pagar.</div>
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- Tá certo, afinal a vida é sua. Mas qualquer coisa é só me chamar. A qualquer hora, do dia ou da noite. Eu me orgulho de levar o trabalho a sério e funciono 24x365. Dito isso desapareceu sem qualquer ruído.</div>
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Essa foi a primeira vez.</div>
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Ás vezes ele ficava meses sem aparecer. Então, de repente, sem mais nem menos ele se materializava na sua frente.</div>
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- Rapaz, não sei como consegue ficar sem água! Sem luz até dá para entender, mas sem água?!!!</div>
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- O vizinho da frente é gente fina e me deixa tomar um banho de vez em quando, além de fornecer água num balde que deixo para alguma eventualidade. Nem louça eu tenho que lavar, já que como todo dia no Bom Prato.</div>
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- Se você diz...</div>
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- Claro que sim! Mas ele já tinha desaparecido.</div>
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Foi então que ele foi despejado e toda sua vida se resumiu a uma mochila com algumas roupas e alguns livros que ele se recusava a abandonar. Seus dias passaram a ser uma rotina de busca por uma refeição grátis e um lugar seco para dormir.</div>
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- Você é um cara de opinião! Isso ninguém pode lhe negar.</div>
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- Oi. Você sumiu. Tava com saudade...</div>
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- Já ouvi de tudo dos humanos, mas esta é a primeira vez que alguém me diz isso. E o pior é que eu sei que você está sendo sincero.</div>
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- Bem, não tenho nada contra os seres humanos, mas é que com você eu posso ser eu mesmo. Mesmo porque nem adianta tentar mentir para você.</div>
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- Falando nisso, a sua saúde está cada vez mais debilitada. Tente se alimentar melhor e procurar um posto de saúde. Infelizmente não posso te ajudar com isso.</div>
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- Não se preocupe que aqui ainda tem muita lenha prá queimar.</div>
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Como não tinha nada melhor para fazer, no dia seguinte foi num pronto socorro consultar um médico. Diagnosticado com pneumonia aguda foi internado imediatamente, começando a receber medicação e alimentação adequada. O médico porém deixou claro que não havia o que fazer, além de tentar deixá-lo confortável.</div>
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- Você queria falar comigo?</div>
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- Queria bater o martelo no nosso pacto.</div>
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- Mas você tem menos de uma semana de vida! E para isso eu não tenho a solução. O único que já ressuscitou alguém foi o cara lá de cima. Eu só posso mexer nos pauzinhos para as coisas acontecerem enquanto você estiver vivo. E, no seu caso, não vejo vantagem...</div>
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- Eu sei...você sabe que eu tô fudido mas não perco a pose. Então que fique bem claro que é uma escolha consciente, sem que eu leve vantagem alguma.</div>
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- Não estou entendendo...</div>
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- Ora, eu quero a sua companhia para toda a eternidade. Ninguém foi tão fiel e interessante durante toda a minha vida...e, cá entre nós, o céu deve ser chato prá caralho!</div>
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Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-15421988068018252202016-12-10T06:23:00.000-02:002017-08-10T13:49:13.612-03:00A escolha<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/k6EQAOmJrbw/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/k6EQAOmJrbw?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
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Tudo começou como uma brincadeira de adolescentes.<br />
Os garotos se declarando à menina no ponto de ônibus enquanto esperavam a condução que os levaria para casa.<br />
Mas, sem que os meninos se apercebessem, foi ficando cada vez mais sério.<br />
- Eu sou apaixonado por você desde que te vi a primeira vez ! Disse Roberto.<br />
- Mas eu também gosto de você há muito tempo. Só não tive coragem de me declarar antes. Contrapôs Flávio.<br />
E assim foi se desenvolvendo o assédio ã garota que mal respondia aos apelos cada vez mais dramáticos dos meninos.<br />
Até que, ao descerem no ponto da menina fizeram o ultimato:<br />
- De hoje não passa, você vai ter que escolher um de nós.<br />
Foi só quando a menina o escolheu que Flávio percebeu que o brincadeira havia passado dos limites.<br />
Não havia como desfazer o que havia sido feito...<br />
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Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-58028411086073706142016-04-14T11:02:00.000-03:002016-04-14T22:09:08.717-03:00Lá vai a noiva...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqZaCPlWiOETTdp-zBbZ3eLw-p5xyLmhcQHQkJBa5bFFvwlXSooSZqolb1jc5mlNi0_vHwUr1trYWCUxDyT9piTZ3guhEaQQriBk-euryjtDtn3vf-yPjXaeRoVmss7FVwXs-DgqrEUi4/s1600/IMG_0930.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqZaCPlWiOETTdp-zBbZ3eLw-p5xyLmhcQHQkJBa5bFFvwlXSooSZqolb1jc5mlNi0_vHwUr1trYWCUxDyT9piTZ3guhEaQQriBk-euryjtDtn3vf-yPjXaeRoVmss7FVwXs-DgqrEUi4/s320/IMG_0930.JPG" width="320" /></a></div>
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Uns diziam que realmente aconteceu, outros que não passava de uma história mal contada. O fato é que a coisa aconteceu mais ou menos assim.<br />
Na igreja não cabia mais ninguém. Pudera: o pai conhecido por todos do bairro, o noivo gente finíssima e com muitos amigos, a noiva muito bonita e simpática.<br />
Todo mundo vestindo as melhores roupas, a paquera rolando solta, as senhoras colocando a fofoca em dia, os homens aproveitando para engatilhar algum negócio.<br />
Comentava-se que ia haver uma festança depois do casamento, pois a família da noiva gastara o que podia, e o que não podia, para que todo mundo tivesse do bom e do melhor e não saísse falando mal.<br />
O noivo aflitíssimo no altar não parava quieto e olhava o relógio a cada 30 segundos. Seu melhor amigo e padrinho tratava de acalmá-lo, que toda noiva que se preze sempre se atrasa.<br />
Eis que, passados 35 minutos, o órgão começa a tocar a marcha nupcial e a noiva, linda e majestosa, entra na igreja escoltada pelo pai e se dirige ao altar.<br />
Nota-se o alívio no semblante do noivo que, não resistindo à emoção do momento abre um sorriso meio misterioso.<br />
O padre dá início à cerimônia e, no momento em que faz a pergunta fatal ao noivo:<br />
- Fulano de tal, aceita sicrana de tal como sua legítima esposa, prometendo amá-la e respeitá-la, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?<br />
No que o noivo responde, sem titubear:<br />
- Não! Essa mulher é uma safada ordinária que me traiu com meu padrinho. Esse ordinário que se dizia meu melhor amigo.<br />
Mal acabou a frase saiu da igreja e deixou todo mundo falando sozinho.</div>
Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-21640527560629686672016-04-13T16:40:00.000-03:002017-08-10T13:33:18.630-03:00Criança tem cada uma...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdU__ymScey0zjD26gANg_4ZzhE74YS0kkAtBi9gCDcEXsydkXfNCJxhJn3VA1VSTr_yo_vu2x2OB-6xtxgq3M2F4-rF5ZexaQLeFjm6E_VUfnNYuBsf7ru8XpmYdgkCZY_LcbIkV6jnM/s1600/img004.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdU__ymScey0zjD26gANg_4ZzhE74YS0kkAtBi9gCDcEXsydkXfNCJxhJn3VA1VSTr_yo_vu2x2OB-6xtxgq3M2F4-rF5ZexaQLeFjm6E_VUfnNYuBsf7ru8XpmYdgkCZY_LcbIkV6jnM/s320/img004.jpg" width="234" /></a><br />
Meu primeiro nu frontal.<br />
<br />
<br />
Eu tinha algo em torno de 9 anos.<br />
No vizinho tinha um garoto uns dois anos mais velho que eu, que se chamava Nelson. Garoto mimado, filho único, levava uma vida de rei.<br />
Quando a corda apertava para o lado dele, Nelsinho ia logo dizendo: - Olha, que eu fujo de casa! Dona Irene, sua mãe, ficava desesperada e cedia. Assim, Nelsinho ia levando um vidão.<br />
Quase todo dia, vendo a cena se repetir com sucesso, resolvi tentar a sorte. Na primeira oportunidade, já nem me lembro o motivo, fui logo ameaçando: - A senhora não faz nada que eu quero. Vou fugir de casa!<br />
Minha mãe não falou nada. Foi para o quarto tranquilamente e voltou alguns minutos depois com uma pequena malinha na mão e disse: - Olha meu filho, a última coisa que eu queria era isso, mas se você é tão infeliz assim, o que eu posso fazer? Aqui nessa malinha estão suas roupinhas e, como eu tenho pouco dinheiro em casa, só posso te dar esses trocados. Tome muito cuidado com as pessoas, não durma em qualquer lugar e guarde o dinheiro em um lugar seguro.<br />
Nem bem minha mãe acabou de falar eu abri o berreiro, pedi desculpas, e nunca mais pensei em repetir a dose.<br />
É, as mães sabem das coisas!</div>
Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-7206664464804115012014-01-08T07:06:00.000-02:002016-12-10T06:32:06.411-02:00VERA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH-p2iBzRJZGHhRqEy8Fs9-8M5aWVYiLYJlhLJl3thTE7e10gnSwXrrhaJ7_zXO5zs4Yj7enQ6bSL8VZhdEEkCFjswoLXteGcjludh7HUfp69CkyW8bgAVNd2O84_YuHML_XjKXdYxqXI/s1600/IMG_4157.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH-p2iBzRJZGHhRqEy8Fs9-8M5aWVYiLYJlhLJl3thTE7e10gnSwXrrhaJ7_zXO5zs4Yj7enQ6bSL8VZhdEEkCFjswoLXteGcjludh7HUfp69CkyW8bgAVNd2O84_YuHML_XjKXdYxqXI/s1600/IMG_4157.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Ela, provavelmente, nem se dá conta da minha existência...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Mas ela foi meu primeiro amor.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Eu deveria ter uns treze anos ela por volta de dezoito.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Ora, um pirralho da minha idade não tinha menor possibilidade de entrar em sua lista de possíveis e, principalmente, prováveis pretendentes.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Mas ela foi meu primeiro amor.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
E tudo aconteceu naquele átimo de segundo em que, olhando para seu rosto na contraluz do sol nascendo numa manhã de domingo, vi mais que um rosto bonito, vi a promessa de todo um mundo de prazeres.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Durante alguns anos sua foto foi um de meus mais bem guardados segredos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Até que, juntamente com sua foto amarfanhada ela se dissolveu nas brumas do esquecimento...</div>
<br /></div>
Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0São Paulo - SP, Brasil-23.5505199 -46.633309399999973-24.4811409 -47.924202899999976 -22.619898900000003 -45.34241589999997tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-31754490085481753682012-09-03T15:29:00.002-03:002012-09-03T15:32:44.072-03:00ALGUMA COISA ACONTECE NO MEU CORAÇÃO...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Depois de uma temporada de seis anos em Santos e, há cinco meses morando em Mogi das Cruzes, sinto às vezes a necessidade de dar um rolê em Sampa.<br />
Sábado passado fui ao centro retirar uma moldura encomendada em uma loja vizinha à Praça da República e aproveitei para matar a saudade de alguns lugares.<br />
Fui primeiro à Casa Godinho matar a saudade da empada de bacalhau. Qual não foi minha surpresa ao dar de cara com a loja fechada. Uma casa com mais de 120 anos! Espero que tenha sido só uma anormalidade e não tenham fechado... Eles não só fazem a melhor empada que já tive oportunidade de comer, como também tem diversos artigos importados que não se acham em qualquer lugar.<br />
Dali segui para a Paula Souza para pesquisar utensílios de cozinha e, em seguida à 25 de Março para comprar um tênis.<br />
Como a minha moldura ainda não estava pronta fomos almoçar no Boi na Brasa. Pedimos um baby-beef acompanhado de arroz à carreteiro. Acho que estou ficando um velho chato pois conversas em tom alto estão cada vez me incomodando mais, mas o clima de feira-livre da casa estava terrível. Eis que chega o almoço e nova decepção: arroz carreteiro carregado na manteiga e carne dura. Depois de ficar com o maxilar cansado desisti do old-beef...<br />
Retirei minha moldura e fui ao Dulca comer a sobremesa. Longe de decepcionar o sonho da Dulca continua maravilhoso: sequinho e com um creme dos deuses.<br />
Prá fechar com chave de ouro um expresso no Café Floresta que, há vinte e tantos anos faz um café de primeira.</div>
Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-21004667706391905622012-06-08T11:34:00.001-03:002017-08-10T13:38:09.692-03:00PUBRICIDADE*<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Quando eu me iniciei na atividade, em uma agencia de propaganda trabalhavam no estúdio, pelo menos, três pessoas: um redator, um diretor de arte e um produtor gráfico. Por mais enxuta que fosse a agencia, sem esses três profissionais seria quase impossível se fazer um simples folheto.<br />
Naturalmente a esses profissionais se acrescia um midia (responsável pelo planejamento, compra e controle de veiculação) e um contato (responsável por traduzir as necessidades do cliente e planejar os meios de atingí-los). <br />
Após o boom da informática, com o advento dos programas gráficos se tornando acessíveis para os simples mortais, abriu-se a possibilidade de qualquer um produzir peças publicitárias. Mas, veja bem que eu disse produzir e não criar. Para criar uma peça que atinja o público-alvo de maneira certeira, com um mínimo de retorno, é necessário um background. E isso somente a experiência, aliada a uma formação de alto nível, pode dar. E não estamos falando de cursos universitários que, pagando, dão diploma a qualquer analfabeto funcional.<br />
O resultado disso são as excrecências com as quais nos deparamos todos os dias ao abrir os jornais, ligar a TV ou receber um folheto nas ruas.<br />
Mas o grande culpado é o empresariado que julga estar economizando ao contratar os serviços de profissionais não qualificados por preços irrisórios.<br />
E todos nós sabemos que barato ou caro é muito relativo. Se obteve resultado a um custo compatível foi barato. Se gastou pouco, mas não obteve resultado, é caro.<br />
O que esse empresários que só se preocupam com o valor se esquecem é que propaganda ou promoção de vendas pode ser investimento ou despesa. Se contratarem uma agencia qualificada gastarão um pouco mais, mas os resultados serão muito melhores. Serão melhor assessorados não só no que fazer, mas como fazer, e por que fazer.<br />
Tenho tido a oportunidade de travar conhecimento com empresários que nem tem a mínima ideia do público que deseja atingir, muito menos ainda do apelo a ser utilizado e como sensibilizá-lo. Se o sujeito nem sabe quem é o seu cliente, como pode fazer propaganda eficiente? E um bom profissional pode ajudá-lo a identificar seu público-alvo, quais apelos utilizar, indicar os meios mais eficazes e fazer o material adequado a cada público específico.<br />
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Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-87390420018232489832012-02-06T12:59:00.006-02:002017-08-10T13:40:12.523-03:00A TATUAGEM E A SEMIÓTICA DA CULTURA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfcbiAJozfwy29Iw2EMPJYanReYOky29KqxHhOefotmz0RSaSww7BK0KFQXbHBTO_pudrM88vFYxPz1NDrqTaUrji0eMnzj7-ms1T8ytiVjmliuz2oIGpOgaCkPhIRIapyvYaIIoSs9ms/s1600/irezumi_body.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" sda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfcbiAJozfwy29Iw2EMPJYanReYOky29KqxHhOefotmz0RSaSww7BK0KFQXbHBTO_pudrM88vFYxPz1NDrqTaUrji0eMnzj7-ms1T8ytiVjmliuz2oIGpOgaCkPhIRIapyvYaIIoSs9ms/s320/irezumi_body.jpg" width="232" /></a></div>
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"Não sai nunca mais / Faz parte da sua vida / É seu modo de ser / Seu jeito de pensar / Sua família toda reunida reclama da sua aparência / E com quê os vizinhos vão pensar / Nego tatuado que nem gado / Marginal você não presta / Sua família tem vergonha de você. " Tatto Maniac - Ratos de Porão<br />
<br />
<br />
Desde o nascimento o homem promove alterações em seu corpo através da manipulação da nudez integral. Pesquisas antropológicas e indicadores semióticos atestam que o corpo natural é malquisto em todas as culturas. A história do corpo segue o caminho da cultura: nós imprimimos no corpo as leis, convenções e fetiches do nosso tempo.<br />
<br />
Os exemplos são incontáveis: as mulheres-girafa da Birmânia, os pés pequeninos das chinesas, as escarificações em povos africanos. Todavia, essas transformações de imagem não são exclusividade dos povos dito primitivos. Hoje, tanto quanto ontem, o culto ao corpo tem grande relevância como expressão cultural. Reconstrói-se o corpo através de musculação, jogging, dança, regimes e até cirurgia plástica.<br />
<br />
Não contentes com toda a tecnologia de alteração disponível, resgatamos de culturas exóticas, que antes considerávamos ´primitivas, a beleza do mito tatuado no corpo.<br />
<br />
<strong>Breve histórico da tatuagem</strong><br />
<br />
O primeiro homem tatuado de que se tem notícia foi encontrado congelado nos alpes, entre a Itália e a Áustria, em 1991. Esse homem viveu há cerca de 5.300 anos e tinha 57 tatuagens. A primeira mulher tatuada conhecida foi a princesa Amunet, encontrada em Tebas, no Egito, e que viveu há 4.000 anos.<br />
<br />
A tatuagem é uma prática antiga, sem uma origem histórica e cultural precisa, de presença verificável entre vários povos de todos os continentes e utilizada para os mais diversos fins. É conhecido o seu uso ligado a práticas religiosas tanto entre europeus, quanto asiáticos, assim como entre ameríndios que tatuavam imagens que representavam signos de filiação a totens e clãs. Mas, desde épocas remotas também era utilizada como adorno.<br />
<br />
O início do processo de difusão da tatuagem na sociedade ocidental tem como marco a chegada da tripulação da embarcação do capitão Cook ao Taití em 1769. Os marinheiros aprenderam com os nativos a prática de cobrir o corpo com imagens e, posteriormente, a disseminaram junto a representantes de grupos socialmente marginalizados: marujos, bandidos e prostitutas. Ladrões presos levaram a pratica ao contexto carcerário, enquanto prostitutas a utilizavam como fetiche. Estes usos são as raízes do estigma que a prática apresenta até hoje.<br />
<br />
Por volta da década de 60, com o advento da contracultura, houve a dissociação entre tatuagem e exotismo, com jovens se tatuando como forma de oposição ao stablishment. Todavia a prática passou a ser estigmatizada sob novo contexto, como uma manifestação associada à vadiagem. Esse estigma caiu por terra em meados de 80, quando passou a ser reconhecida como adorno corporal.<br />
<br />
<strong>A tatuagem hoje</strong><br />
<br />
Atualmente a tatuagem foi incorporada ao cenário urbano, sendo utilizada por pessoas pertencentes a diversos contextos culturais, que a utilizam por diferentes motivos, embora os mais comuns dentre eles seja seu uso para afirmação de uma identidade cultural e pertencimento a um grupo.<br />
<br />
Existe uma relação direta entre mídia e sociedade, uma exercendo influência sobre a outra, e a formação de uma identidade cultural no cenário urbano.<br />
<br />
A mídia exerceu grande influência na mudança da relação entre sociedade e tatuagem. Desde a presença no corpo de bandidos em filmes policiais, re vistas especializadas, no corpo de músicos nos clipes da MTV e até em reality shows como Miami Ink. A presença da tatoo na mídia é maciça.<br />
<br />
<strong>Tatuagem e semiótica da cultura</strong><br />
<br />
À luz da semiótica da cultura a tatuagem pode ter diversas leituras.<br />
<br />
Como material semiótico teríamos a pintura sob a pele como um signo, portanto signo ideológico. Para Bakhtin, a noção de signo está intrinsicamente ligada ao ideológico. Tudo que é ideológico possui um significado e remete a algo situado fora de si mesmo. Em outros termos: tudo que é ideológico é um signo. Sem signos não existe ideologia.<br />
<br />
Bakhtin explica ainda que um produto ideológico faz parte de uma realidade (natural ou social), como todo corpo físico, instrumento de produção ou consumo, mas, ao contrário destes, os signos ideológicos também refletem e refratam uma realidade que lhe é exterior.<br />
<br />
Além dessa representação/manifestação ideológica de forma genérica, a tatuagem pode ainda adquirir particularidades de significação em cada corpo ou até mesmo nos diferentes lugares de circulação de um mesmo corpo. A mesma imagem adquirirá significação diferente ao ser tatuada em diferentes corpos (masculino, feminino, alto, baixo, gordo, magro, atlético, adolescente, etc.) e ainda em lugares diferentes do corpo. Diferentes superfícies constituem diferentes materialidades, diferentes modos de enunciação, que indicam novas formulações e circulação de sentidos, diferentes formas de textualidade.<br />
<br />
No caso da tatuagem temos o corpo não apenas como suporte textual, mas sobretudo como mídia constitutiva do enunciado, determinando sua produção e circulação, propiciando a formação de novos enunciados dentro do mesmo gênero.<br />
<br />
Outra questão pertinente diz respeito à autoria na tatuagem. Quem, é o autor do que? O tatuador ou o tatuado? Não podemos atribuir a posição de autor ao tatuador por que ele não participa do enunciado num todo, ou seja, não possui relação com o signo ideológico e com a significação eminente deste signo: seria como atribuir autoria ao escriba. Assim, cabe a posição de autoria ao sujeito que é tatuado, ao corpo que se torna superfície midiática e materialidade semiótica.<br />
<br />
Mas o que leva uma pessoa a se tatuar? Podem-se considerar diferentes respostas, mas a dor é, com certeza, uma das principais. À luz da psicanálise a dor é necessária para se chegar ao prazer. No caso o prazer de ter conseguido suportar a dor ao ser tatuado.<br />
<br />
No entanto, receptor e emissor tem diferentes visões acerca da dor. O receptor apenas a imagina, a vê como uma representação. Tem apenas uma idéia dela e constrói um "valor" para ela. Portanto, é natural que o receptor a considere algo fora do normal, destinando a loucos e masoquistas. Já os emissores sabem de antemão que ela é suportável pelo contato com outros tatuados, e a percebem como vontade.<br />
<br />
Outra diferença é que o receptor projeta a dor, mas não a sente. Tem apenas aflição e medo. O emissor sente a dor, na realidade goza do prazer de ter passado por ela.<br />
<br />
<strong>Conclusão</strong><br />
<br />
O corpo é uma mídia. Uma mídia primária como afirmou Harry Pross. E a escrita representa aquilo com o qual o homem sempre sonhou: sagrar-se vencedor perante a morte. E aquilo que na natureza não é possível, é passível de criação artificial pelo mecanismo semiótico da cultura. A tatuagem é escrita no corpo, um símbolo de perenidade.<br />
<br />
Há, ainda, a apropriação do discurso midiático a partir da experiência estética do receptor em relação aos produtos da mídia ligados ao entretenimento. A incorporação dos símbolos divulgados pela mídia de massa por meio da prática da tatuagem reorganiza os vínculos entre as paisagens culturais da sociedade e os sistemas simbólicos.<br />
<br />
<strong>Bibliografia</strong><br />
<br />
BAKHTIN, M.M. Estética da criação vergal<br />
<br />
MCLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensões do homem. Tradução de Décio Pignatari. São Paulo. Editora Cultrix. 2002<br />
<br />
ORLANDI, E.P. Discurso e texto: formulação e circulação dos sentidos. Campinas. Pontes. 2001<br />
<br />
PIRES, Beatriz Ferreira. O corpo como suporte da arte: piercing, implante, escarificação e tatuagem. São Paulo. Editora Senac. 2005<br />
<br />
<strong>Webgrafia</strong><br />
<br />
<a href="http://www.vagalume.com.br/ratos-de-porao/tatoo-maniac.html">www.vagalume.com.br/ratos-de-porao/tatoo-maniac.html</a><br />
<br />
<br />
Este trabalho foi apresentado como conclusão de semestre da cadeira de Teoria de Comunicação do curso de jornalismo em novembro de 2011.<br />
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Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-6413459080646456752011-12-07T14:43:00.001-02:002017-08-10T13:41:35.093-03:00BONOBO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVjMHMyTAYt8-EpWP2NrwJ-_NE46id2nFuGqg9X8AiGF1o1ELZaGUxVHT7NU-XHLuWvbLGpc7wHoXLehfuzLRan2gOpJ_cKGXjmBVXKhuhrCF1_ebHn1ZmTttHcNxvxa6QOzweItNTKIo/s1600/bonobo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" mda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVjMHMyTAYt8-EpWP2NrwJ-_NE46id2nFuGqg9X8AiGF1o1ELZaGUxVHT7NU-XHLuWvbLGpc7wHoXLehfuzLRan2gOpJ_cKGXjmBVXKhuhrCF1_ebHn1ZmTttHcNxvxa6QOzweItNTKIo/s1600/bonobo.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
Você, com certeza, já ouviu alguma música do Bonobo embora, talvez, o nome não lhe diga nada. E, ouvindo as músicas de seus muitos álbuns, vai ficar com uma estranha sensação de déja-vu. O que acontece é que o seu trabalho é presença constante em trilhas sonoras de séries televisivas (Lost, Rescue Me, House, Califonication, Gossip Girl), games (SSX On Tour, UEFA Champions League 2006/2007), comerciais para TV (Citroen C4) e filmes ( AD Vitam).<br />
<br />
Bonobo é o nome artístico de Simon Green, um músico inglês de 34 anos que também atua como DJ e produtor musical. Anteriormente teve trabalhos assinados com o nome de Barakas.<br />
<br />
Bonomo usa uma grande variedade samples combinando com uma pesada, e normalmente complexa, linha de baixo e percussão.<br />
<br />
Nas apresentações ao vivo se utiliza de uma banda completa (cantor, guitarras, saxofone, cordas, bateria e eletrônicos), tocando baixo e liderando.<br />
<br />
Sua discografia é bastante extensa pelo pouco tempo em que atua com esse nome: Animal Magic, Dial M for Monkey, Days to Come, Black Sands e os EPs Scuba, Terrapin, Silver, The Shark, One Offs (remixes&B sides), Kota, Pick Up, Flutter, Live Sessions, Bonobo Presents Solid Steel, Nightlife e The Keeper. Além do DVD Live at Koko.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/O6UHwnUUtCM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/MudycriylxA?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br /></div>
Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-64772200577004876972011-11-29T14:21:00.002-02:002017-08-10T13:43:38.953-03:00O RAPPER DE DEUS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9ljoc6SbgcWyGjrdU501TatwyEbuIqCV5OdAblyEVziozPRTOzErS9Ayq4OpG0cn9kYeriOSqNaY7BDB6nPlXOcz7QZnDL79KF7Y8SggjsZHnCKzrktN0e4adTKwegU4lDFm1BbaNj7I/s1600/Renato.ServoR.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" dda="true" height="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9ljoc6SbgcWyGjrdU501TatwyEbuIqCV5OdAblyEVziozPRTOzErS9Ayq4OpG0cn9kYeriOSqNaY7BDB6nPlXOcz7QZnDL79KF7Y8SggjsZHnCKzrktN0e4adTKwegU4lDFm1BbaNj7I/s320/Renato.ServoR.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
- Mãe, me dá dinheiro aí.<br />
- Não tenho filho!<br />
- Mãe, eu preciso de dinheiro. Se você não me der dinheiro, eu vou me matar.<br />
- Já disse, filho: não tenho dinheiro prá te dar.<br />
- A senhora não está acreditando em mim, não é? Então veja...<br />
Renato pega as garrafas que estavam numa caixa e começa a quebrá-las, uma a uma, na própria cabeça. De repente, percebe que a mãe está sangrando. Não do sangue que escorre de sua cabeça, mas de um caco que se alojara no pescoço dela. Ele fica apavorado, no entanto não a socorre, só pensa em fugir para a rua, onde talvez consiga uma <em>carreira</em>.<br />
<br />
Já fazem sete anos que Renato está nessa vida. Começou bebendo com os amigos e parceiros musicais, passou para o <em>free-base</em> (maconha com cocaína), depois só coca e, no final, o terrível crack. No começo ainda trabalhava, mas a droga exige exclusividade, então passou a só se interessar pela próxima <i>pedra</i>. Cansada de apanhar do marido na frente dos filhos, Cristiane o abandona. Daí, a viver nas ruas, foi questão de dias.<br />
<br />
Filho de mãe solteira. Renato Augusto Alves da Silva nasceu em São Paulo, há 38 anos. Depois que o avô perdoou a mãe, voltaram para Santos e foram viver no morro de São Bento. Sua infância não foi muito diferente da de muitos garotos da periferia: jogar bola, soltar pipa, pequenos furtos aqui e ali, e alguns bicos para descolar alguns trocados. Carregou sacolas na feira a troco de frutas ou verdura, malas na rodoviária quando ainda não havia carregadores no local, e até teve um emprego formal como office-boy. Mas, foi apanhado furtando chocolates nas Lojas Americanas, perdeu as fichas de crediário do escritório e foi demitido.<br />
<br />
Aventuras não faltaram na infância de Renato. Quando tinha 11 anos de idade, acompanhado do tio Marcelo e um amigo, invadiram uma avícola atrás de linha para empinar pipa. Um vizinho percebeu e chamou a polícia. Foram cercados pelos policiais e, sob a mira de revólveres, escaparam pelo telhado para o matagal, até o alto do morro, onde ficaram escondidos durante horas debaixo de chuva e com muito frio.<br />
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Foi quando se mudou para o bairro de Humaitá, São Vicente, que descobriu o rap. Ouvindo Dr. Dre, Jay-Z, 2Pac e outros rappers norte-americanos, descobriu sua vocação. Foi líder do The Boys Rap e Novos MC's (eleito três vezes o melhor grupo de rap da Baixada Santista). Chegou a gravar uma faixa do CD Força Rap Litoral Santista, com os Novos MC's. E junto com tudo isso veio o envolvimento com as drogas.<br />
<br />
Sua luta para se livrar do vício durou anos, incluindo uma internação no Hospital Guilherme Álvaro, e só teve fim quando, através do amigo Serginho, entrou em contato com a Igreja Evangélica Peniel. Além do apoio dos fiéis e pastores, descobriu o Rap Gospel. A música que havia sido uma das responsáveis pela sua queda, era agora a sua alavanca para se levantar: junto com Sérgio (Mano S) e Ordiley (Negro Ordilla) formou o Sacerdotes MC's, onde adotou o apelido de <em>Servo R</em>. Além dos temas usuais, como a falta de oportunidades para negros e problemas de quem vive na periferia das grandes cidades, o Sacerdotes MC's prega a solução através da palavra de Deus. Renato acredita que tudo pode ser resolvido se seguirmos os ensinamentos da Bíblia.<br />
<br />
Depois de se livrar do vício, Renato não só recuperou a auto-estima, como a união familiar e o respeito de muita gente de São Vicente que, não só o cumprimenta a toda hora, como pede conselhos e ajuda na solução de diversos problemas do cotidiano do bairro.<br />
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Os Sacerdotes MC's tem dois CDs lançados (Tirados Das Trevas Para o Reino da Luz, de 2003, e Gangsta Krente, de 2008) e está preparando o lançamento de um DVD.<br />
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Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-57804979753036188232011-10-28T15:33:00.001-02:002011-11-29T14:26:31.894-02:00OSSOS DE VIDRO (ROBERTO SAVIANO)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
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<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiw5ZD_Tfss_OKb98euVIVvR9YoGuyu-3WGUaIBCHn_XHJasMyhu3gqbTbHS10IgY-U2pMNn07yoxJTUL738UpIcJLJhyhOqYByHICoPwH4FgyYt5bN0WLjKZR3ps3JaVM6lk-0lv5C9EQ/s1600/A+beleza+e+o+inferno+-+Ossos+de+cristal-+Roberto+Saviano.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiw5ZD_Tfss_OKb98euVIVvR9YoGuyu-3WGUaIBCHn_XHJasMyhu3gqbTbHS10IgY-U2pMNn07yoxJTUL738UpIcJLJhyhOqYByHICoPwH4FgyYt5bN0WLjKZR3ps3JaVM6lk-0lv5C9EQ/s640/A+beleza+e+o+inferno+-+Ossos+de+cristal-+Roberto+Saviano.jpg" width="456" /></a></div><br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEGM4QN96oKW1rCxmL8HUHKN28PqBJkQ1Mh1VVLXxfPM6du9qsAlLFAfMzbyCrEwsYuQt9RepphawC5JtvFH5YgpEASPfV68i2BEsiIAuXjcAcFPydRAJUe_8KQ1m9mEn41lzrJ7-_Gos/s1600/pag80.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEGM4QN96oKW1rCxmL8HUHKN28PqBJkQ1Mh1VVLXxfPM6du9qsAlLFAfMzbyCrEwsYuQt9RepphawC5JtvFH5YgpEASPfV68i2BEsiIAuXjcAcFPydRAJUe_8KQ1m9mEn41lzrJ7-_Gos/s640/pag80.jpg" width="416" /></a></div><br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrCqg3pbjuM4W3TiZt7ZD434p-X6gH0o-CnqrofPOs8_eQmZ7OzZyjfwJgJlJa3MOFRghSEm9w6myvhBip-VhxgMTnWfFWERbVOBskOqa73lzG03BhK2lyKtzeZssr5qk_mS9jdRIqy6o/s1600/pag81.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrCqg3pbjuM4W3TiZt7ZD434p-X6gH0o-CnqrofPOs8_eQmZ7OzZyjfwJgJlJa3MOFRghSEm9w6myvhBip-VhxgMTnWfFWERbVOBskOqa73lzG03BhK2lyKtzeZssr5qk_mS9jdRIqy6o/s640/pag81.jpg" width="454" /></a></div><br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFlUI49eGSmGU8GIvuNzmVuqWAmpLmUYQQLF4BpNL_xoHKnquc_oqoNl3nT1wG3WVoSmOrwTlgCkhVpa2gA_XJ60Q4Rgydw2z5q9NT9P_O67TkbrkXGDL1mI3FHqSeij9sC6DIHtg4NM8/s1600/pag82.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFlUI49eGSmGU8GIvuNzmVuqWAmpLmUYQQLF4BpNL_xoHKnquc_oqoNl3nT1wG3WVoSmOrwTlgCkhVpa2gA_XJ60Q4Rgydw2z5q9NT9P_O67TkbrkXGDL1mI3FHqSeij9sC6DIHtg4NM8/s640/pag82.jpg" width="442" /></a></div><br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijdf_Fwz0-L7SaQipWOGIRAS8-eaNnPLA1L0B0YXVld_j0m3N8hfKNCrR8eAE3seJ4EAjIO9di62u10yeAgLgqE5olsa-G_BUXq0mhKjCIIXL3Pml75tHCpsK-aui3_JFyzt09PrqWC6A/s1600/pag83.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijdf_Fwz0-L7SaQipWOGIRAS8-eaNnPLA1L0B0YXVld_j0m3N8hfKNCrR8eAE3seJ4EAjIO9di62u10yeAgLgqE5olsa-G_BUXq0mhKjCIIXL3Pml75tHCpsK-aui3_JFyzt09PrqWC6A/s640/pag83.jpg" width="456" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9MQtrnTqQwTQ8mpS46ZVs9q7AwIpY08Ba2jkCfhj5dlqrzwvMslUw464LzhkggyXCWI2Q9qCza_sSf4RgvPmv-0wPaVBCH6YqU_0S4zgVEyk4oX-dN6so5mtemgvwguJ9_GU3CFLtKNo/s1600/pag84.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9MQtrnTqQwTQ8mpS46ZVs9q7AwIpY08Ba2jkCfhj5dlqrzwvMslUw464LzhkggyXCWI2Q9qCza_sSf4RgvPmv-0wPaVBCH6YqU_0S4zgVEyk4oX-dN6so5mtemgvwguJ9_GU3CFLtKNo/s640/pag84.jpg" width="424" /></a></div><br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7On9A2EP0JFd1aEuksWJcJYNiAnTU8IQy2iM2HvUDvzeurzygiDphU2NtTwTX9PynEWwu-rYPhdYh2Yp445kJSFcioip5CsB0lVUDa-gunC87ibRAvx1X1qvsBYxisSVZMMhRbkxy3IQ/s1600/pag85.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7On9A2EP0JFd1aEuksWJcJYNiAnTU8IQy2iM2HvUDvzeurzygiDphU2NtTwTX9PynEWwu-rYPhdYh2Yp445kJSFcioip5CsB0lVUDa-gunC87ibRAvx1X1qvsBYxisSVZMMhRbkxy3IQ/s640/pag85.jpg" width="440" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicPI5djcLsvFPfibuEfU6PIJNK3yoPS8MpTMHykVRXPw7FauDCvx6CLWCGOs2V9lJUulh4Rno5Ww_miPXt9JA0kEAOVMEHJdknoHklPDVts7bUGcU_MBpymnuIroxg4o4TjIlY9PjuvJc/s1600/pag86.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicPI5djcLsvFPfibuEfU6PIJNK3yoPS8MpTMHykVRXPw7FauDCvx6CLWCGOs2V9lJUulh4Rno5Ww_miPXt9JA0kEAOVMEHJdknoHklPDVts7bUGcU_MBpymnuIroxg4o4TjIlY9PjuvJc/s640/pag86.jpg" width="426" /></a></div><br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBe744HXYKp2uJtB69kOSIM0M6LXmvOhw65fZMNPrCYCu7Qe19t1UPxKuRgU5yb9GCIQt4Bx9BhU6VrubxkF-FJIszXAqaBdhZUl-ALSiKR9ebZ2hlAkFeBpXB37sIdOm-3GGYmz9lR4E/s1600/pag87.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBe744HXYKp2uJtB69kOSIM0M6LXmvOhw65fZMNPrCYCu7Qe19t1UPxKuRgU5yb9GCIQt4Bx9BhU6VrubxkF-FJIszXAqaBdhZUl-ALSiKR9ebZ2hlAkFeBpXB37sIdOm-3GGYmz9lR4E/s640/pag87.jpg" width="440" /></a></div></div>Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-34214781845804077252011-10-21T11:54:00.000-02:002017-08-10T13:44:53.780-03:00É CHEGADA A HORA...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyfjWiGIInzSaSMT6_-i2W7x_J5JlV76rIAGN4C1NV4oGlq6DJRKRtnwOtYeOfQXpYzv_gG5sOSjTv0PpXoLtqv52RzNIVzZ8muvxcC2u943CY1EqQFcz8EM_0uaTZBkM2CbzVkcQ3BIQ/s1600/esperanca-sonho-mistico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" rda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyfjWiGIInzSaSMT6_-i2W7x_J5JlV76rIAGN4C1NV4oGlq6DJRKRtnwOtYeOfQXpYzv_gG5sOSjTv0PpXoLtqv52RzNIVzZ8muvxcC2u943CY1EqQFcz8EM_0uaTZBkM2CbzVkcQ3BIQ/s320/esperanca-sonho-mistico.jpg" width="256" /></a></div>
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<br />
Entro no quarto, tarde da noite, e ela está lá a minha espera.<br />
É uma velha conhecida, que me acompanha desde o nascimento.<br />
Embora sentisse a sua presença ao longo da vida, foram poucas as vezes em que a vi. Sempre de relance.<br />
Mas não estava surpreso.<br />
- Está à minha espera? pergunto.<br />
- Sim. Vim te buscar.<br />
Olho-a, e o que vejo é maravilhoso. É a coisa mais bonita que já tive a oportunidade de ver. E não é só isso, sente-se nela a paz transcendental que todos procuramos. Uma pureza intocada. Uma doçura inebriante.<br />
- Você se lembra do seu primeiro beijo? ela me pergunta.<br />
E começamos a relembrar as passagens marcantes da minha vida. E, estranhamente, vou ficando leve com a lembrança das coisas ruins se dissolvendo sem deixar vestígios. O que fica é só o que de bom me aconteceu, e sinto apenas a bondade das pessoas com as quais convivi.<br />
Então, ela olha para mim, com um sorriso contagiante, abre os braços e diz:<br />
- Venha, está na hora.<br />
Eu atravesso o quarto me livrando das roupas e me perco no seu corpo...</div>
Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-15772486153529821632011-10-14T16:35:00.001-03:002017-08-10T13:46:08.958-03:00BLUES<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipDF9Wee-hy80OsNAGGfPZJeTfhLQocobYQt5GAS03DrZhKlf5R8Y3NAO7Q4bgayPnSZdOVQrDXBQWoGtZ5gwTeyylQ8a8WDALwy7CKkvAJWs1LvRGqZWKBt6kFdi2jWYLIF8NiXLNW6E/s1600/IMG_0094.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" oda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipDF9Wee-hy80OsNAGGfPZJeTfhLQocobYQt5GAS03DrZhKlf5R8Y3NAO7Q4bgayPnSZdOVQrDXBQWoGtZ5gwTeyylQ8a8WDALwy7CKkvAJWs1LvRGqZWKBt6kFdi2jWYLIF8NiXLNW6E/s320/IMG_0094.JPG" width="320" /></a></div>
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Três da madrugada e aqueles acordes martelando dentro da sua cabeça...<br />
Depois de rolar incessantemente pela cama decidiu levantar-se. Quem sabe um baseado daria um jeito naquele<em> je ne sais quoi</em>. Enrolou um fininho no escuro e o acendeu, inundando o apartamento com aquele cheiro agridoce que ele tanto detestava.<br />
- Porra! Tava na hora de inventarem um bagulho sem cheiro! Os caras só pensam no teor de THC.<br />
O tetrahidrocanabiol começou a mostrar seu efeito relaxante, mas <em>John Lee Hooker</em> continua dedilhando sua guitarra no porão de seu cérebro. Tum, tum, tum tum..."Gipsy woman told my mother, before I was born.."<br />
Jogou a ponta pela janela, vestiu as roupas enxovalhadas que estavam no chão e foi porta afora atrás de consolo...<br />
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Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-87170387166896992312011-10-14T11:19:00.003-03:002011-10-14T15:40:34.809-03:00SIMBOLISMO PERVERSO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">Semiótica à parte, convenhamos que nós temos uma percepção errada em relação a uma série de coisas. Dois exemplos significativos me vem à mente:<br />
1) FORMIGAS<br />
Com essa história que enfiaram na cabeça da gente, de que a formiga é trabalhadora (ao contrário da cigarra, que só quer cantar), temos uma imagem simpática do inseto, exceto quando ela invade nossos doces. Nunca associamos o inseto com os lugares sujos e infectados que, com certeza, ela visita para procurar alimento. A tal ponto de, ao cruzarmos com algumas visitando a nossa cozinha, esmagarmos com os proprios dedos (urgh!). Pô, é mesma coisa que esmagar uma barata com o dedo!<br />
2) POMBAS<br />
Não passa de um rato voador que, além de porco e sujo, transmite uma infinidade de doenças. Mas é o símbolo universal da paz. Pode?!</div>Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-61500637226194987812011-09-23T17:37:00.002-03:002011-10-14T15:40:06.024-03:00DIPLOMA DE JORNALISMO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">" Acho tolice a exigência de curso universitário de jornalismo porque atrasa a vida das pessoas, nada lhes acrescenta (excetuando um ou outro professor) e porque em verdade qualquer jovem de talento pode aprender em três meses de redação o que não aprenderá numa faculdade. Há quem ache que essas escolas dignificam a profissão. É a velha ideologia do bacharelismo no Brasil" ( Paulo Francis, Folha de S. Paulo, 1/10/83)<br />
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Em primeiro lugar nada substitui o talento. E jornalismo atualmente carece de talento. O que existe por aí não passa de um bando de macacos treinados no famoso quem-o que- quando- onde - como. E pagos a preço de banana...<br />
E cá entre nós: o nível tanto do corpo docente como o discente é aterrador. Alunos semi-alfabetizados aprendendo(?) com professores sem o devido preparo e/ou bagagem. Então, prá que diploma? Diploma não é garantia de nada!<br />
Além disso, se for para continuar a fazer o que se faz hoje em dia, salvo honrosas exceções, não há necessidade nem de diploma do nível médio. As honrosas exceções são de pessoas cultas, gente com opiniões fortes e inconformistas.</div>Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-57892403204264762822011-09-12T11:59:00.004-03:002011-12-08T23:46:21.060-02:00REFLEXÕES SOBRE OS NOVOS CAMINHOS DO JORNALISMO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRcaavVOnpzZ-_gKM4_1V2S6_PsKWORh2t-ibRtShzoPyu6gKMq2Ma_lQi0GyKiHm2WkpUApPFSiVkQmC3GG407MDVe4qpeFvOBnL87DtjsvcP_ba3Di1EnUrEIwCrRQqD0EmbTcVX2rE/s1600/mon.quotidien.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" nba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRcaavVOnpzZ-_gKM4_1V2S6_PsKWORh2t-ibRtShzoPyu6gKMq2Ma_lQi0GyKiHm2WkpUApPFSiVkQmC3GG407MDVe4qpeFvOBnL87DtjsvcP_ba3Di1EnUrEIwCrRQqD0EmbTcVX2rE/s320/mon.quotidien.jpg" width="240" /></a></div><br />
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Entre leitor/jornal existe uma cumplicidade não declarada, um contrato de credibilidade: o sujeito compra/lê/assiste determinado jornal porque se reconhece nêle. Porque o veículo atende as suas expectativas. Donde se conclui que o discurso da objetividade/imparcialidade serve apenas de justificativa para o leitor enquanto ser social. O veículo expressa o que ele pensa e oferece a ele o anteparo da credibilidade.<br />
Enquanto meio de comunicação os jornais e revistas noticiosas estão em flagrante desvantagem em relação aos que se adaptaram e exploram novas linguagens. O cinema, por exemplo, continua enchendo as salas de exibição e vendendo DVDs. Excetuando-se cinéfilos, os mais jovens não gostam da narrativa arrastada dos filmes clássicos. Gostam é da linguagem dinâmica e acelerada das novas produções.<br />
Os jornais estão apenas preocupados em manter um público conquistado há décadas atrás e a renovação não está acontecendo, ou se acontece não atinge o número dos que vão ficando pelo caminho.<br />
E onde fica a inovação?<br />
Uma das poucas notícias de que temos conhecimento vem da França: em 1995 começou a ser editado um jornal destinado ao público de 10~14 anos, o <strong>Mon Quotidien</strong>. Além do formato inovador, o editor convoca leitores duas vezes por semana para discussão de pauta. Alavancados no sucesso do jornal foram lançados mais dois títulos: <strong>Petit Quotidien</strong> para crianças de 7~10 anos e <strong>L'Actu</strong> para jovens entre 14~17 anos. Juntos atingem uma tiragem de 165.000 exemplares, todos assinantes pois não há venda em banca por causa dos custos de distribuição.<br />
O governo francês, preocupado com a queda de leitores de jornais, lançou um programa de distribuição gratuita de jornais nas escolas mas o resultado foi pífio. O número de assinaturas decorrentes da ação foi irrisória.<br />
O Mon Quotidien executou a mesma ação de marketing, distribuindo gratuitamente o jornal nas escolas e angariou suas assinaturas. Os jovens liam nas escolas e pediam para os pais assinarem. Qual pai se recusa a assinar um jornal a pedido do filho?<br />
Ora, os jovens simplesmente não se identificam com os velhos jornais! Querem algo novo, que espelhe os novos tempos, que fale a sua linguagem, que atenda a seus interesses.<br />
Está na hora dos jornais reconhecerem que pararam no tempo e voltar seu olhar para o que está acontecendo ao seu redor, das faculdades de jornalismo olharem para o futuro e investir em pesquisa de novos formatos e linguagens. O apego ao passado é o caminho para a derrocada.</div>Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-34757749202372514922011-08-31T11:18:00.006-03:002011-12-08T08:26:23.650-02:00RADICAL CHIC E O VELHO JORNALISMO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUhKl0e9Mx9EAsQitHnhoVajDCgz0qxENH8SQn0wKrU3Xkj9yl0e0Rvikkx5jdH62_u7vxFzm4KoW3Su6SPhuL6F95sC_BDQUq3x-jMe1d2BMGHm1SDHFcTNKyWz1H1gJDWfB-xnwie7k/s1600/210678_0_5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" mda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUhKl0e9Mx9EAsQitHnhoVajDCgz0qxENH8SQn0wKrU3Xkj9yl0e0Rvikkx5jdH62_u7vxFzm4KoW3Su6SPhuL6F95sC_BDQUq3x-jMe1d2BMGHm1SDHFcTNKyWz1H1gJDWfB-xnwie7k/s320/210678_0_5.jpg" width="320" /></a></div><br />
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" Ei! Venha cá! É assim que as pessoas vivem agora - bem assim como estou mostrando a você! Pode assustar, incomodar, deliciar você ou despertar seu desprezo ou fazer você rir... Mas é assim que é! Está tudo bem aqui! Você não vai se chatear! Dê uma olhada!"<br />
<br />
Pois é, Tom Wolfe escreveu isso em 1963, exatamente há 48 anos atrás!<br />
E o marasmo está instalado entre nós, no jornalismo como um todo, não importando a plataforma.<br />
<div closure_uid_9k7evb="316"><div closure_uid_twcavl="311">A tecnologia avançando a passos vertiginosos, novidade atrás de novidade, deixando tudo obsoleto num piscar de olhos, e mesmo a garotada que se diz <em>antenada </em>aceita que os velhos jornalistas, encalhados em seus feudos anacrônicos, lhes dite as regras do jogo.</div></div><div closure_uid_9k7evb="316">Acontece que o jogo mudou! Tiraram o gorila e os caras insistem em filmar King Kong!!!</div><div closure_uid_9k7evb="316">Pára prá pensar...Seja honesto: você conhece algum site noticioso realmente moderno? Com novas propostas, nova linguagem, novas abordagens, com conteúdo relevante? Quantas vêzes você sentiu que pagou o preço justo por um jornal? Quando foi a última vez que você sentiu prazer ao ler um jornal?</div><div closure_uid_9k7evb="316">E não adianta ficar falando do passado pois é prá frente que se anda.</div></div>Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-46943788202753466512011-08-20T09:33:00.004-03:002011-10-14T15:38:26.118-03:00JORNALISMO: ENSINO ANACRÔNICO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div closure_uid_oy5ulx="310">O tema renovação na linguagem do jornalismo é tão comentado quanto não colocado em prática. </div><div closure_uid_oy5ulx="310"><div closure_uid_8zzt95="296">Embora todos endeusem as novas tecnologias e plataformas, muito pouco se faz para se adequar temas e linguagens aos novos tempos.</div></div><div closure_uid_oy5ulx="310"><div closure_uid_8zzt95="298">E as universidades, ao se dedicar apenas ao ensino, estão deixando de lado um dos principais pilares de sua existência: a pesquisa.</div></div><div closure_uid_oy5ulx="310">Ao acessarmos os sites noticiosos a coisa que mais nos chama a atenção é o fato de que todos, sem nenhuma honrosa exceção, são antigos. Tanto no tratamento visual e operacional, quanto no conteúdo. São textos feitos como se fazia há 20/30 anos atrás, embora muitas vezes sejam redigidos por profissionais na faixa de 20 e poucos anos.</div><div closure_uid_oy5ulx="310">Por que isso acontece?</div><div closure_uid_oy5ulx="310">Ora a resposta é mais do que óbvia: foram "treinados" a escrever dessa maneira!</div><div closure_uid_oy5ulx="310">Isso é muito preocupante pois os jornais estão perdendo cada vez mais espaço, principalmente os impressos. </div><div closure_uid_oy5ulx="310"><div closure_uid_8rf3my="296">Pesquisas mostram que assinantes e venda em banca dos jornais impressos estão nas faixas etárias mais velhas da população. Excetuando-se profissionais que forçosamente tem que acompanhar noticiário que influencia suas decisões, os jovens não se interessam em ler jornais.</div></div><div closure_uid_oy5ulx="310">Mas o que tem que ver o jornalismo impresso com o digital?</div><div closure_uid_oy5ulx="310">Tudo. Pois se escreve no digital exatamente da mesma maneira que se escreve no impresso. Um dos principais motivos é que, embora muitos sejam jovens, foram ensinados por professores na faixa de 40/50 anos que aprenderam dessa maneira e sómente repassam esse conhecimento.</div><div closure_uid_oy5ulx="310"><div closure_uid_z1rc2r="296">Na Unisanta, de Santos, há um professor que diz que temos de escrever como se fôra para nossas mães, para que seja de fácil compreensão. Mas a verdade é que queremos aprender a escrever para nossos filhos ou colegas, não para as mães.</div></div><div closure_uid_oy5ulx="310">E aí a coisa se complica: quem domina a matéria? Quem sabe como se comunicar com esse público-alvo? Quem tem uma história vencedora nesse campo?</div><div closure_uid_oy5ulx="310">O novo já está instalado e não se sabe como lidar com isso.</div><div closure_uid_oy5ulx="310"><div closure_uid_8rf3my="298">E o mais preocupante é que sites de alunos de instituições de ensino de ponta no jornalismo, a exemplo da Casper Líbero, também seguem o mesmo modelo ultrapassado.</div></div><div closure_uid_oy5ulx="310"><div closure_uid_8zzt95="299">Está na hora dos alunos tomarem a frente no processo, exigindo das universidades espaço para experimentação. Voltados para o novo, para o futuro. </div></div><div closure_uid_oy5ulx="310"><div closure_uid_z1rc2r="298">Promover o intercâmbio entre cursos e interesses. Se temos um curso de produção multimídia por que não envolvê-los na criação do visual do site noticioso? Por que não criar duplas de redação juntando, por exemplo, um estudante de economia e um de jornalismo para explicar o contexto e consequências de um fato econômico relevante? Por que não envolver o curso de marketing em pesquisas no público-alvo visando descobrir motivações e expectativas?</div><div closure_uid_z1rc2r="298">Combater a tirania das pautas e só escrever o que é realmente relevante. O que realmente interessa e faz a diferença. Apurar e não simplesmente replicar o que os outros publicam. Não permitir que as assessorias de imprensa nos pautem.</div></div><div closure_uid_oy5ulx="310">Está tudo aí, sem grandes investimentos.</div><div closure_uid_oy5ulx="310">Se ninguém sabe o caminho das pedras, não há problema em errar. Em tentar novamente. Em quebrar a cara. Sómente testando é que se poderá vislumbrar, talvez, novos caminhos para o jornalismo.</div><div closure_uid_oy5ulx="310"><br />
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</div></div>Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-19363593280567391022011-06-22T23:13:00.010-03:002017-08-10T13:47:21.086-03:00A VELOCIDADE DO AVANÇO TECNOLÓGICO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO3RJX3gk-XTepNnM5B3x0rbydF7S6yCSiltXAqlfieNzbjPfZ_zr-c17dxEY4Ev_d9qfMrUc6-fTT1zzFGYBmbgZzJt8r11pAlV3mblilJxPmdh0bjAY3nssvj8xrv4oN-FAyaFCtvlk/s1600/E.+Zhang.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO3RJX3gk-XTepNnM5B3x0rbydF7S6yCSiltXAqlfieNzbjPfZ_zr-c17dxEY4Ev_d9qfMrUc6-fTT1zzFGYBmbgZzJt8r11pAlV3mblilJxPmdh0bjAY3nssvj8xrv4oN-FAyaFCtvlk/s320/E.+Zhang.jpg" width="320" /></a></div>
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(Foto E. Zhang)</div>
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<b>INTRODUÇÃO</b></div>
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O processo evolucionário da tecnologia tem obedecido a um padrão exponencial. E a informática tem sido o fator preponderante na velocidade em que as transformações acontecem. Há 20 anos, a internet nem sequer existia em termos sociais. Hoje, quase um bilhão de pessoas estão conectadas, e as previsões são de que, em dez anos, deverão interligar metade da população mundial.</div>
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A cada instante somos bombardeados por novos lançamentos, de produtos ou serviços, que tornam obsoletos os que acabamos de adquirir.</div>
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A obsolescência atinge tecnologias que nem chegaram a ser absorvidas pelas massas. Isso se torna crítico, principalmente, em função da desigualdade social que impera em alguns pontos do planeta. A globalização exige que esses países se equiparem tecnologicamente aos mais avançados por questões de competitividade, enquanto a população não tem acesso, nem aos bens tecnológicos, nem ao conhecimento que permita tirar deles o melhor proveito.</div>
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<b><strong>A VELOCIDADE DAS INOVAÇÕES</strong></b></div>
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"Os cálculos convencionais normalmente subestimam a intensidade das mudanças porque usam um raciocínio linear. E a tecnologia tem outro ritmo. Ela será o primeiro exemplo de um processo evolucionário marcado por um padrão exponencial." <strong>Ray Kurzweil</strong> - Veja Especial Tecnologia - 2006</div>
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A década de 50 é o marco inicial do crescimento exponencial, resultado dos investimentos em ciência e tecnologia em função da segunda guerra mundial. Nas décadas de 50 e 60, os Estados Unidos viveram uma época de ouro, com uma prosperidade jamais vista.</div>
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Com o mundo dividido entre capitalismo e socialismo, dá se início à <strong>corrida espacial</strong> nos anos 60, que tem como frutos: a informática, o computador, avanços nas telecomunicações e no transporte. A consequência foi o salto tecnológico nas décadas seguintes.</div>
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Se não pode ser alçado à condição da mais importante descoberta tecnológica, com certeza pode se inferir que o computador é responsável pelo maior salto tecnológico. Cada vez menor e mais rápido, realizando cálculos matemáticos complexos, em tempos cada vez mais exíguos, foi o principal propulsor de todas as inovações que vieram a seguir.</div>
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Fruto da Guerra Fria e a disputa tecnológica entre Rússia e Estados Unidos, surge a <strong>Arphanet</strong> em 1969. O sistema era usado para comunicação entre bases militares e foi o embrião da internet. Em 1971 seu uso foi liberado para uso em universidades e, quatro anos depois já existiam mais de 100 sites. A troca de informações e conhecimento acadêmico se alia ao avanço da indústria de microprocessadores e telecomunicações. Em 1986 surge o TCP/IP. Em 1994 surge o browser e o mercado recebe a maior revolução tecnológica da humanidade até então.</div>
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A revolução tecnológica iniciou-se Há milhares de anos. Os primeiros registros do ábaco, a primeira máquina de calcular, datam de 4.000 AC. Porém, nos últimos 60 anos, a velocidade com que novas tecnologias vem sendo desenvolvidas e colocadas no mercado atingiu uma velocidade vertiginosa.</div>
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E essas transformações acontecem em tempos cada vez menores, no espaço de uma mesma geração. Quem tem 50 anos já ouviu música em toca-discos de 78 rpm, proveniente de discos de goma laca, discos de vinil de 33 rpm, em gravadores de fita de rolo, em fitas cassete, em CD players, em computadores e mp3 players. No começo só podia ouvir música em casa, passou a ouvir música no automóvel e na rua.</div>
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E o que se torna padrão no mercado nem sempre é o melhor formato. Haja visto que, formatos que proporcionavam melhor qualidade foram preteridos em função do poderio econômico de indústrias ou das preferências do público. Existem casos em que determinados produtos nem chegam ao conhecimento do grande público, se restringindo a aficcionados ou uso profissional, como é o caso do DAT (digital áudio tape).</div>
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<b>OS EFEITOS NEGATIVOS</b></div>
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<b><strong>O excesso de informação</strong></b></div>
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"Um usuário, ao efetuar uma pesquisa na internet, tende a ficar mais frustrado pelo excesso de 'respostas', que pela falta delas." <strong>Schons, Cláudio Henrique</strong> - O volume de informação na internet e sua desorganização: reflexões e perspectivas - UFSC</div>
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Um dos maiors problemas com os quais nos defrontamos na atualidade é a incapacidade humana de absorver a imensa quantidade de informação gerada pelas <strong>Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)</strong>. Já em 2003, pesquisadores da Universidade da Califórnia mensuraram o conhecimento armazenado na internet e chegaram à cifra espantosa de 170 terabytes, ou seja, 17 vezes o acervo da maior biblioteca do mundo, a do Congresso Americano. E esse volume tem se multiplicado exponencialmente nos últimos oito anos.</div>
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Paradoxalmente, o efeito do excesso de informação seria a desinformação, o que o filósofo e arquiteto francês <strong>Paul Virilio</strong> denomina de 'ameaça de cegueira' provocada por um descontrole de 'nossa relação com o real'.</div>
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Com o surgimento das redes sociais também perdeu-se a noção geográfica de distancia ou fronteira, pois esses conceitos não estão mais relacionados a espaços geográficos.</div>
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<b><strong>O jornalismo e a velocidade da informação</strong></b></div>
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Os efeitos perversos da velocidade e excesso de informação acabaram recaindo sobre quem a produz. No artigo <i>McDonaldização do jornalismo: o discurso da velocidade</i>, Thais de Mendonça Jorge da Universidade de Brasília, a respeito dos efeitos da chamada '<strong>ditadura da velocidade</strong>' na produção jornalística, constatou em suas pesquisas que, com poucos recursos e muito trabalho, os jornalistas não tem tempo de apurar, nem de conferir as notícias que recebem das agencias. O resultado é a pasteurização da notícia com textos praticamente idênticos em diferentes órgãos da imprensa. Sem tempo para checagem outra consequência inevitável é a replicação de erros.</div>
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<b><strong>A economia globalizada</strong></b></div>
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As notícias econômicas também viajam na mesma velocidade. Em 1982 o México enfrentou uma grande crise financeira, mas os efeitos só se fizeram sentir no Brasil por volta der 1987. A queda da Bolsa de Valores de Pequim, em outubro foi refletida nas bolsas de todo o mundo no mesmo dia útil.</div>
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A concorrência também se acirrou como consequência da oferta de informações. Um executivo japonês consegue saber hábitos e costumes de um cidadão baiano em questão de minutos, reduzindo assim o impacto econômico da distância, alargando as possibilidades de concorrência.</div>
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<b><strong>O acesso aos bens tecnológicos</strong></b></div>
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<b><br />
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O acesso a bens e tecnologias não está disponível a todos, em todos os lugares, provocando assim uma disparidade entre a necessidade de se estar tecnologicamente apto e não ter acesso a elas.</div>
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"Em tempos atuais, acentuam-se fortemente as diferenças. Cada vez mais, o conhecimento, capaz de gerar competências (genéricas e especializadas) divide o mundo em duas partes: os que se tornam habilitados a enfrentar novas realidades e aqueles que perdem o tempo da transformação. Por mais injusto que possa parecer, por mais cruel que seja, o fato se apresenta como uma realidade imposta: prosperam aqueles que dialogam com o conhecimento." <strong>Alvarez, Carlos Mario</strong> - Labore - Laboratório de Estudos Comtemporâneos - Revista Eletrônica - Universidade Estadual do Rio de Janeiro.</div>
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<br /></div>
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As previsões da empresa de pesquisa Jupiter Research são de que, em 2011, apenas um quinto da população mundial estará conectada na internet. A grande maioria estará nos países ricos e nas camadas mais privilegiadas da população, o que evidencia o abismo social mundial, que também se reproduz no mundo digital.</div>
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Estar fora do ambiente virtual em uma sociedade digital equivale a estar privado do exercício da cidadania, o que o economista italiano <strong>Ricardo Petrella</strong> da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, define como <strong><i>Techno-apartheid</i></strong>.</div>
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<b><strong>TIC e pós-modernismo</strong></b></div>
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Diversas facetas das TIC foram responsáveis pela disseminação dos pós-modernismo em nossa sociedade, principalmente nos grandes centros urbanos.</div>
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O caráter policultural, a multiplicidade e a hiperinformação são frutos do progresso das comunicações, da eliminação das fronteiras geográficas e das distancias e do conteúdo disponível na internet.</div>
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Os meios de processos disponíveis no campo da informática contribuiram de maneira substancial para a estética pós-moderna de arte, onde já não é preciso inovar nem ser original, e a repetição de formas passadas é não apenas tolerada como encorajada.</div>
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No campo do comportamento provocou o desmoronamento de crenças e valores: tudo deve por que pode. Houve a derrocada do prazer pelo dever. Deve se vender uma imagem de sucesso e felicidade. As pessoas se sentem no dever de trepar toda noite porque todos parecem fazê-lo. Devem curtir adoidado, ainda que não sintam o menor prazer no ato. Gasta-se o dinheiro que não tem, usa-se o celular sem motivo concreto, escreve-se mil artigos acadêmicos, participa-se de todas as redes sociais, interage-se com todos ao mesmo tempo, enfim fazemos o que superego pós-moderno determina.</div>
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<b><strong>A nova demografia</strong></b></div>
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O começo do milênio será um marco na história da humanidade: pela primeira vez a população urbana global será maior que a rural, além disso estamos no auge do crescimento populacional, que aumenta em cerca de 75 milhões de pessoas por ano. Mesmo com o decréscimo da taxa de crescimento já somos 6,5 bilhões de habitantes e, mesmo uma taxa menor, representa o maior acréscimo em números absolutos já registrados. Este crescimento está intimamente ligado ao papel cada vez mais central da tecnologia nas sociedades modernas, visto que é decorrente dos avanços técnicos, científicos, médicos, de saúde pública e nutrição.</div>
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Dentre os dez países mais populosos do planeta, oito tem graves problemas de <strong>distribuição de renda</strong>.</div>
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Num cenário em que os países ricos já alcançaram a hegemonia no comércio internacional e dominam as formas de conhecimento, será muito difícil que países como a Etiópia encontrem um modelo de desenvolvimento sustentável, capaz de oferecer condições dignas de vida para 170 milhões de habitantes.</div>
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<b>CONCLUSÃO</b></div>
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<b><br />
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A velocidade do avanço tecnológico está aqui para ficar. Não se trata de uma fase de transição. A transitoriedade será a constante daqui para a frente. A população estará sempre um passo atrás da evolução que, cada vez mais acontecerá em períodos menores.</div>
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Tanto maior será esse descompasso quanto mais pobre for o indivíduo ou a nação. E quanto maior o descompasso maior será a dificuldade em conseguir um emprego ou competir com outras nações. Ou seja, o fosso da desigualdade social tende a aumentar em decorrência do avanço.</div>
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Se as previsões se concretizarem, em 2020, metade da população mundial estará conectada à internet. Isso significa que teremos mais de três bilhões de <strong>párias digitais</strong>, privados do acesso ao conhecimento capaz de gerar competências.</div>
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Está havendo uma horizontalização do conhecimento. E grande parte do conteúdo que circula na internet foi provida pelas gerações analógicas. Com a substituição das velhas gerações pelas mais novas, num ciclo contínuo, haverá a exacerbação do conhecimento superficial, na medida em que haverá cada vez menos gente capacitada a prover conteúdo profundo nas redes.</div>
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Com a tecnologia aumentando cada vez mais a produtividade nos países ricos, propiciando maior tempo livre para seus cidadãos, separados por muros virtuais das populações carentes, estamos no limiar de um <i>Admirável Mundo Novo</i>. Ou, quem sabe, de um pesadelo <i>Matrix</i>.</div>
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Trabalho de conclusão de semestre da cadeira de Teoria da Comunicação, do curso de Comunicação Social - Jornalismo, apresentado em junho de 2011.</div>
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Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-88957265258983327772011-06-15T19:39:00.002-03:002011-10-14T15:37:39.400-03:00O JOGO DO ANJO (CARLOS RUIZ ZAFON)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpkekpzOJUhwKKsuuzrpc2dUs9iy3OI1jfc7EF3FBOmFb6Dx_AE2LwT3N6KsCtZN7gn4zqVE-NQ1UwwLFcSWsRYR83jM_H0tuRwydlagF2ikItv8mtyQz8gGthc-kSiBQL9JQOvcUJcrQ/s1600/jogodoanjo1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpkekpzOJUhwKKsuuzrpc2dUs9iy3OI1jfc7EF3FBOmFb6Dx_AE2LwT3N6KsCtZN7gn4zqVE-NQ1UwwLFcSWsRYR83jM_H0tuRwydlagF2ikItv8mtyQz8gGthc-kSiBQL9JQOvcUJcrQ/s320/jogodoanjo1.jpg" width="213" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">"Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita algumas moedas ou um elogio em troca de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente o doce veneno da vaidade e começa a acreditar que, se conseguir disfarçar sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de garantir um teto sobre a sua cabeça, um prato quente no final do dia e aquilo que mais deseja: seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente vai viver mais do que ele. Um escritor será condenado a recordar esse momento porque, a partir daí, ele está perdido e sua alma já tem preço."</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Esse é o primeiro parágrafo de um romance de quatrocentas páginas, que conta as desventuras de David Martín, na Barcelona dos anos vinte. Martín tem o dom da escrita, mas a vida não lhe dá os meios para mostrar seu talento. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Acostumado a vender barato seu dom, perde a mulher amada para o melhor amigo e protetor. Surge então em cena alguém que poderá mudar a situação para melhor: um editor francês, de nome de origem italiana ou grega talvez, Andreas Corelli, que lhe faz uma encomenda pela qual lhe paga régiamente. Mas as coisas não são o que parecem e Martín irá perceber que nem todo dinheiro do mundo vale o que se espera dele.</div><br />
</div>Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-27478575728998302692011-05-22T15:32:00.004-03:002011-10-14T15:37:16.066-03:00EU SOU O MENSAGEIRO - MARKUS ZUSAK<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJoJH5mXhPVBKswh32HbpmMgY1Atg5LR_WQlQkGRqp0eexw0yn9_AwlFuTNnu7r4uhXN9GFaWF3os8CqBCtf0joH8US82FNVFXTaAssRk2LLMi9q8nrLX8NXikWfxr4pOd6wvaeb8Te4s/s1600/eu.souo.mrens..jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJoJH5mXhPVBKswh32HbpmMgY1Atg5LR_WQlQkGRqp0eexw0yn9_AwlFuTNnu7r4uhXN9GFaWF3os8CqBCtf0joH8US82FNVFXTaAssRk2LLMi9q8nrLX8NXikWfxr4pOd6wvaeb8Te4s/s1600/eu.souo.mrens..jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Faz bastante tempo desde a última vez que um livro me envolveu tanto. Simplesmente não consegui fazer mais nada até que terminei de lê-lo. E fiquei com aquela sensação gostosa de <i>quero mais</i> que te deixa uma boa leitura. E, me identifiquei de tal modo com a personagem, que já estou com saudade de Ed Kennedy e de seu cachorro Porteiro.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Ed é um fracassado, cercado de mediocridade por todos os lados, até que, sem ter a mínima idéia do por que, prende um assaltante no banco em que estava acompanhado de um de seus amigos. Mal sabe que isso será o início de uma aventura de descobrimento e realização e da qual ninguém sairá ileso.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
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</div>Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-81827729172109955392011-05-21T01:17:00.004-03:002011-10-14T15:36:53.646-03:00JAPANESE BLUES<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><strong>Tak Matsumoto</strong> nasceu em Osaka, Japão em 27/03/1961. Tocou como músico de apoio para diversos grupos até que em 1988 lança um disco solo chamado <i>Thousand Wave</i>. No mesmo ano conhece <strong>Koshi Inaba</strong> e fundam o <strong>B'z</strong>, dupla que faz sucesso até hoje no <strong>Japão</strong>.<br />
Em 1996 lançou um álbum de covers chamado <i>Rock'n'Roll Standard Club</i>.<br />
Em 1999 se tornou um únicos cinco guitarristas do mundo a ter uma edição especial da <strong>Gibson Les Paul</strong>, batizada de Tak Matsumoto Les Paul.<br />
Em 2007 Tak se tornou o único asiático a ter seu nome inscrito na <i>Calçada da Fama do Rock de Hollywood</i>.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/WpHQRcfrSp4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
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<strong>Shinji Shiotsugu</strong>, natural de Kyoto, fundou em 1971 a<i> West Road Blues Band</i>.Foi considerado, até sua morte em 20/10/2010, aos 57 anos, um dos maiores guitarristas de blues do Japão.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/MAoYkOALCHo?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
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A banda <strong>Vic & The Victminz</strong> é muito conhecida na cena blues japonesa e tem como principal atração um dos melhores guitarristas niponicos: <strong>Ryo Ogawa</strong>.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/KajpvhMF-f0?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
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<strong>George Kamikawa</strong> é um músico de rua japonês, que se apresenta na Austrália. Aqui ele apresenta sua composição <strong><i>Sake Blues</i></strong>.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/WrDNaufmpG0?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
</div>Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4317222676221486289.post-77538562429011556192011-05-20T13:47:00.009-03:002011-10-14T15:36:18.207-03:00BANKSY<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2vFE3xSD9gYmeAVInjyCZw_UPp94bEQVF2GlrHertDjOjsJwijYBy0KhTWMcg4QGbs_3SynNoIc-72UgeYrYeKYxpq8Jf85NkIWqlyjxk2jbIBsOfsqFmOFtcJWfBiEyjzBPJQI9tWxs/s1600/banksy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2vFE3xSD9gYmeAVInjyCZw_UPp94bEQVF2GlrHertDjOjsJwijYBy0KhTWMcg4QGbs_3SynNoIc-72UgeYrYeKYxpq8Jf85NkIWqlyjxk2jbIBsOfsqFmOFtcJWfBiEyjzBPJQI9tWxs/s1600/banksy.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Nascido em Bristol, Inglaterra, Banksy é um <strong>artvista</strong> que faz pequenas intervenções que geram grande repercussão. Suas obras são carregadas de conteúdo social e mostram clara aversão ao poder e autoridade. Além das intervenções nas ruas tem obras à venda na <strong>Galeria Lazarides</strong> em Londres, onde suas obras alcançam altos valores.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">O alto apreço da prefeitura de <strong>Bristol</strong> por suas obras pode ser medido pelo episódio que aconteceu com uma de suas obras nacidade. Uma empresa contratada pela prefeitura passou tinta preta em cima de um mural de 7 metros de sua autoria e foi punida pelo engano. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Suas intervenções alcançaram paredes e muros de diversas cidades do planeta, como a estátua/réplica de um prisioneiro de Guantánamo colocado um um parque da Disney.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Sua identidade é desconhecida, existindo até a teoria de que se trata de um grupo de artistas atuando debaixo do mesmo codinome.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Um de seus trabalhos recentes é o premiado documentário <strong>EXIT TROUGH THE GIFT SHOP</strong> . Subversivo, provocante e inesperado, o documentário é o testamento do carater de idiotice que impera no mundo das artes.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
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</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/a0b90YppquE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe><br />
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Quem quiser conhecer o trabalho dele é só entrar no site oficial <a href="http://www.banksy.co.uk/">http://www.banksy.co.uk/</a><br />
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Quem quiser baixar o documentário em arquivo torrent segue o link <a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=4317222676221486289&postID=7753856242901155619"></a><a href="http://isohunt.com/torrents/?ihq=exit+through+the+gift+shop">http://isohunt.com/torrents/?ihq=exit+through+the+gift+shop</a><br />
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</div>Wilson Ohosekihttp://www.blogger.com/profile/00913678328475866390noreply@blogger.com0