quarta-feira, 15 de junho de 2011

O JOGO DO ANJO (CARLOS RUIZ ZAFON)



"Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita algumas moedas ou um elogio em troca de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente o doce veneno da vaidade e começa a acreditar que, se conseguir disfarçar sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de garantir um teto sobre a sua cabeça, um prato quente no final do dia e aquilo que mais deseja: seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente vai viver mais do que ele. Um escritor será condenado a recordar esse momento porque, a partir daí, ele está perdido e sua alma já tem preço."

Esse é o primeiro parágrafo de um romance de quatrocentas páginas, que conta as desventuras de David Martín, na Barcelona dos anos vinte. Martín tem o dom da escrita, mas a vida não lhe dá os meios para mostrar seu talento. 
Acostumado a vender barato seu dom, perde a mulher amada para o melhor amigo e protetor. Surge então em cena alguém que poderá mudar a situação para melhor: um editor francês, de nome de origem italiana ou grega talvez, Andreas Corelli, que lhe faz uma encomenda pela qual lhe paga régiamente. Mas as coisas não são o que parecem e Martín irá perceber que nem todo dinheiro do mundo vale o que se espera dele.

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