quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

VERA




Ela, provavelmente, nem se dá conta da minha existência...
Mas ela foi meu primeiro amor.
Eu deveria ter uns treze anos ela por volta de dezoito.
Ora, um pirralho da minha idade não tinha menor possibilidade de entrar em sua lista de possíveis e, principalmente, prováveis pretendentes.
Mas ela foi meu primeiro amor.
E tudo aconteceu naquele átimo de segundo em que, olhando para seu rosto na contraluz do sol nascendo numa manhã de domingo, vi mais que um rosto bonito, vi a promessa de todo um mundo de prazeres.
Durante alguns anos sua foto foi um de meus mais bem guardados segredos.
Até que, juntamente com sua foto amarfanhada ela se dissolveu nas brumas do esquecimento...

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