Anarquia

Os movimentos  da juventude nos anos 60/70 tiveram muitos reflexos positivos nas relações sociais. Toda liberdade de expressão que gozamos hoje em dia são o resultado da rebeldia dos jovens que foram educados por pais conservadores, mas que se rebelaram contra o autoritarismo a que foram submetidos.
Todavia os jovens de ontem se tornaram pais ultra liberais que exageraram na dose, propiciando o nascimento de toda uma geração sem limites, onde noções de civilidade e de respeito ao próximo não foram incutidos. Claro que há exceções mas, infelizmente,  são em número muito reduzido.
A propriedade alheia é tratada com desprezo, sendo submetido aos caprichos desses seres mimados que se julgam no direito de fazer o que lhes der na telha. Infelizmente não tem consciência de que os custos para a manutenção dos bens destruídos acabarão afetando o próprio bolso. Lamentavelmente, as pessoas conscientes e ciosas também tem que arcar com os custos. O orelhão destruído, a carteira escolar avariada, o bebedouro público quebrado, o banco de jardim, a poltrona do cinema, tudo isso será em algum momento consertado ou substituído e será cobrado na próxima conta de telefone, no ingresso do cinema, no imposto da prefeitura e no carne escolar.
Pessoas de idade que, de alguma maneira contribuíram para o conforto e bem estar desses jovens, não merecem o mínimo respeito deles. Nos ônibus tomam os lugares destinados aos idosos, não ajudam a subir ou descer, não dão primazia na passagem, não seguram as portas dos elevadores para que possam entrar ou sair, se os vem carregando peso fingem estar distraídos, etc.. Se voltam para o próprio umbigo e se esquecem, ou não se importam, que seus pais e avós são pessoas de idade e merecem ser tratados com gentileza por todos.
O pouco caso e desrespeito aos professores e próprios colegas é de espantar qualquer um. O caos que domina as salas de aulas impede os mestres de ensinarem e os interessados  em aprender.
Diante disso tudo me pergunto como serão educados os filhos dessas pessoas?